sexta-feira, 29 de junho de 2007

Hello Kitty Party?


Lembro-me vagamente de ter 5 anos, coleccionar "folhinhas queridas" e achar a Hello Kitty "amorosa"...
Em princípio, imagino que esta gata dispense apresentações, no entanto, interessa esclarecer, para quem não está familiarizado, que foi criada em 1974 e a sua imagem era utilizada para colocar nas bolsinhas para moedas das meninas da altura.
Mas vamos ao que interessa, na realidade o que me traz indignada é a adoração (arrisco afirmar que chega a tocar o fundamentalismo) que mulheres entre os 20 e os 40 mostram por este felino, choca-me observar o efeito que esta "Kitty" tem em mulheres adultas! Para dar a entender o meu espanto tenho de ir mais fundo no "universo Kitty"... Assim, tenho de revelar que:
A Hello Kitty tem uma irmã, chamada Mimi, cuja única diferença entre a primeira é ter o laço na outra orelha (criá-la deve ter sido um acto imaginativo extenuante!!!).
Esta gata tem um hamster como animal de estimação!!!! Oferecido por um antigo namorado, Dear Daniel, que viajou para África com os pais. Consta que já foi trocado pelo Tippy seu colega de classe da escola.
O espécime tem grupo sanguíneo!!! A (negativo), o que me torna, à partida, incompativel com a Kitty.
Gosta de garotos amigáveis e simpáticos (bem Kitty, isso todas nós gostamos!!! não és muito original!!).
Hello Kitty gosta de coleccionar tudo o que é pequenininho (estrelinhas, peixinhos dourados e afins).
Com franqueza meninas!!! Estou realmente indignada!! Já não chega ter de vos ver com a bichaninha para trás e para a frente em carteiras, t-shirts, pijamas, porta-moedas, bloquinhos, porta-chaves, cuecas e etc e ainda tenho de levar com a gata na noite!!!
É caso para dizer "Já não posso com a gata pelo rabo!"( Happyguito esta é para ti.. só tu podes entender o real significado desta frase..)
P.S.- Depois de publicar este protesto, temo um ataque sem piedade do clube de fãs da Hello Kitty.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Waikiki - Hawai'i


Tenho saudades... Foram dias que mereciam ser bem saboreados mas a emoção era enorme... as novidades acumulavam-se e não foi possível viver cada momento com a tranquilidade necessária que o Hawaii exige... ficou a vontade indomável de voltar para rever as ondas, as pranchas, o verde e o azul únicos, o espírito aloha e sentir o isolamento e a plenitude que só aquela distância do continente nos pode oferecer... continua a ser o único lugar do mundo capaz de me prender... para sempre... ALOHA!!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

sábado, 23 de junho de 2007

A Ponte do Portão Dourado


Golden Gate Bridge, a ponte suspensa, considerada pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis umas das sete maravilhas do mundo moderno ao lado de Empire State Building e do Canal do Panamá merece, sem dúvida, ser atravessada. Na área circundante à ponte temos o Golden Gate Park, maior que o Central Park de Nova Iorque, consegue surpreender-nos pela sua beleza e imensidão.

San Francisco é uma cidade arrojada, cosmopolita, vibrante, toda ela abraçada pela diversidade racial, cultural, sexual... Deixei-me apaixonar e rendi-me... Almocei no Embarcadero, no final caminhei pelo Fisherman's Wharf com uma paragem no Pier 39 para observar a inexplicável presença dos "sea lions" naquelas paragens (que fez as minhas delícias todos os dias do mês que estive na cidade). Tive curiosidade de conhecer Alcatraz, apanhei o barco, senti aquela brisa gelada da baía e a experiência na ilha não me deixou boas recordações, não posso esquecer a atmosfera pesada, o cheiro pestilento e todas as dúvidas que me assaltaram que nunca documentários ou panfletos conseguiram explicar.

Valeu a pena deixar-me perder em Yerba Buena (onde fui atacada por esquilos que teimavam em experimentar o chocolate que estava a comer), e a visita em câmara lenta ao Fine Arts Museum of San Francisco.

Para perceber a arquitectura de San Francisco e para ver as famosas casas vitorianas aconselharam-me Pacific Height... não perdi tempo... fui até lá.. descobri um dos lugares de culto da cidade com os melhores restaurantes da cidade...

Finalmente, é claro, sem esquecer as compras, (porque a bloguer pertence ao género feminino), visito Lombard Street numa fugida, ando de Cable Car porque é um cliché e dirigo-me a Union Square onde tomo um banho de loja..

(Este texto é dedicado a um grande amigo que vai em breve para a Universidade de Berkeley de quem vou ter muitas saudades.)


quinta-feira, 21 de junho de 2007

J. P. Sartre - 21 de junho 1905


"O importante não é aquilo que fazem de nós mas o que nós fazemos do que os outros fazem de nós."



"Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana, os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem."

O incontrolável reflexo de ler...


É bom quando nossa consciência sofre grandes ferimentos, pois isso a torna mais sensível a cada estímulo. Penso que devemos ler apenas livros que nos ferem, que nos afligem. Se o livro que estamos a ler não nos desperta como um soco no crânio, por que perder tempo lendo-o? Para que ele nos torne felizes, como você diz? Oh Deus, nós seríamos felizes do mesmo modo se esses livros não existissem. Livros que nos fazem felizes poderíamos escrever nós mesmos num piscar de olhos. Precisamos de livros que nos atinjam como a mais dolorosa desventura, que nos assolem profundamente – como a morte de alguém que amávamos mais do que a nós mesmos –, que nos façam sentir que fomos banidos para o ermo, para longe de qualquer presença humana – como um suicídio. Um livro deve ser um machado para o mar congelado que há dentro de nós. Franz Kafka

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Certezas


Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante para mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...E que esse momento será inesquecível.. Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho... Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo. Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim". Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento. Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim...e que valeu apena!!! Mário Quintana

Morre lentamente...


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve musica, quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando esta infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de inicia-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar. Estejamos vivos, entao! Pablo Neruda