sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Casco de Cavalo

A campanha da Popota foi cancelada! A sério, que fiquei mesmo na merda! (primeira asneira do blog). Estava a gostar daquele ambiente da Tv, as pessoas são simpáticas, o trabalho é muito fácil e nada cansativo. Num país de valores invertidos, não é preciso ser-se uma pessoa importante para aparecer na Tv, desde que lá se apareça já se é um VIP! Não vou estar aqui a discutir o conceito de “pessoas importante”, até porque confio no bom senso de quem me lê para distinguir a Clara Ferreira Alves do Marco, participante no Big Brother.
Hoje estou aqui para vos falar do mundo feminino.
Sou adepta de umas mãos bem arranjadinha, obrigo-me a ter as extremidades do meu corpo sempre impecáveis (mãos e pés), não há cá unhas roídas, pele seca, verniz com 15 dias e afins… Para isso, preciso de ter umas unhas fortes! Vou ser sincera, perco bastante tempo a aplicar cremes, mezinhas e vernizes endurecedores. Na busca eterna por um cuidado cada vez maior, prometeram-me o impossível: unhas Casco de Cavalo! Eu sei que não precisava de tanto, mas pergunto a qualquer leitora feminina, se vos prometessem umas unhas fortes como cascos dos cavalos vocês não cediam? Tenho a certeza que se esqueciam do nome assustador do produto e compravam!
Eu comprei!
E vocês, meninos, se vissem a vossa amiga/namorada a aplicar um verniz com o nome “Casco de Cavalo”, entravam em pânico e tentavam fugir antes de levar um coice?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Atingi o topo da minha carreira

YouTube - Popota


Bem vindos ao blog da Popota!


Depois de 6 anos como promotora, hospedeira, modelling, distribuidora de folhetos (no inicio de carreira claro!), relações públicas e etc, a minha carreira de “faz-tudo” ou de “habilidosa”, como carinhosamente lhe chamo, está a chegar ao fim. Corri milhares de congressos de médicos, tive o privilégio de ser RP na inauguração da Casa da Música (com um ordenado que na altura já achava milionário), distribui quilos de comida (estes eram o que mais gostava!), lancei dezenas de perfumes e impingi milhares, promovi sorteios, fui menina da Nespresso, tive oportunidade de participar em eventos que nem precisavam de me pagar para eu lá estar, conheci muita gente, tive a oportunidade de perceber cada método de trabalho. Aprendi a lidar com o povão! Agora que me vou retirar, para fazer alguma coisa mais concreta, atingi o topo da carreira!!
Por uns magníficos 40 euros por minuto, num lance de transformismo, visto-me de Popota do Modelo para estar ao lado da Sónia Araújo no seu programa da manhã.


Não há melhor maneira para se terminar uma carreira, pois não?

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O destruidor de sonhos

Pois é! Tem este ar todo queridinho mas é um destruidor de sonhos! Tudo começou com a pergunta:
"Queres ir ver o jogo da Selecção contra a Finlândia?"
E eu: "Claro!" Há muito tempo que tinha aprendido a máxima: "Se não podes vencê-los, junta-te a eles". Eu nunca gostei de futebol, mas depois de tantas discussões, dei a mão à plamatória. Assim, decidi fazer um esforço e ver aquela porcaria pelo menos uma vez na vida. Até podia gostar! A verdade, é que gostei e muito! Por isso, esta proposta de ver a Selecção era ouro sobre azul!
Para assistir ao jogo enfrentei as dores de cabeça da minha constipação, o metro carregado de gado com um cheiro a gente de fazer desmaiar os mais sensíveis. Mas não me queixei, aguentei firme, afinal "ia à bola". Até que o Mabides remata com esta frase: "Cheiras bem!". Ora, é natural! No meio daquele cheiro nojento, umas gotas de perfume fazem toda a diferença!
Chegámos ao estádio, mostrámos os nossos bilhetes, que a mim até me pareceram mais evoluídos do que os dos outros adeptos, afinal eram uns cartões de plástico (tipo multibanco) e os outros eram de papel. Mas, caros leitores, aqueles bilhetes não eram de todo para ver a selecção, eram para ver os jogos do Porto. Que ultraje! Eu como benfiquista, nunca na minha vida ocuparia um lugar no Dragão se não fosse para apoiar os vermelhos!!!
A desilusão foi total! Este senhor aqui da foto, esteve para deixar as imediações do estádio sob escolta policial quando teve a coragem de sugerir que fossemos ver o jogo do Porto no próximo fim de semana que jogasse em casa! Há tipos com coragem!
Daqui, tiro a minha lição: os homens não são de confiança nem para ir ao futebol!!!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A minha cadela


Há muito tempo que pensava escrever um post sobre a minha cadela mas sempre pensei que seria ridículo e não interessaria nem ao menino Jesus. No entanto, no sábado apanhei um valente susto quando acordei, e a minha casa parecia o cenário de um filme de terror. Tinha sangue até nas paredes… Belo acordar para quem tinha chegado de gatas a casa na noite anterior. Não vou contar toda a história porque não é relevante, o que interessa é que com isto, resolvi escrever um ensaio sobre ela e a sua história.
Como em qualquer história tinha de começar pelo inicio mas a verdade é que não conheço o inicio! No final do verão de 2002, fiz uma visita à Sociedade Protectora dos Animais e levei um abalo de realidade ao confrontar-me com cerca de mil cães enfiados em canis sem grandes condições, alimentados a arroz com frango e dependentes da boa vontade de meia dúzia de senhoras. Por entre todas aquelas “jaulas” via-se os seus ocupantes num estado miserável, agrupados em nichos de decadência à razão de cinco por compartimento.





A minha escolhida estava deitada de patas cruzadas, vivendo em comunidade com um Shar Pei visivelmente incomodado com aquela situação e mais três cães hiperactivos. Diferenciou-se deles pelo ser ar descrente de quem já não acreditava sair dali de maneira alguma.

Estava decidido! Era aquela! Se calhar quis-lhe mostrar que ela estava enganada…

Abri a mala do carro, ela entrou sem hesitar, levei-a ao veterinário. Tinha partido uma pata que tinha cicatrizado mal tornando-a manca para toda a vida. Sim! Levei para casa uma 100\120! No inicio tive medo dela, não tinha qualquer reacção a nada, deambulava pela casa num apatia total, não mostrando qualquer sinal de afecto por ninguém. Podem não acreditar mas só passado um ano começou a demonstrar alegria por me ver, aprendeu a brincar e descobriu que roer ossos até podia ser fixe. Senti que com o tempo foi saindo daquela mundo que era só dela.

Hoje, passados 5 anos de convivência, finalmente comporta-se como um cão! Quando me vê, como qualquer canino quando vê o seu dono, vê Deus!

Apesar de não saber nada sobre a vida dela, com o tempo fui aprendendo muitas coisas a seu respeito, entre elas:

* Bebe água da sanita quando pensa que eu não estou a ver;
* Adora comer gelo (disto só me apercebi quando estava a tirar gelo para a minha Coca-Cola e ela apanhou um cubo que me tinha caído)
* Ela mostrou-me que a minha cama não é minha, mas sim dela. Ela é que me faz o favor de me dar um cantinho para eu dormir;
* Também é ela que me mostra quando já estou há muito tempo no PC. Chega aqui e começa a tirar-me a mão do teclado com focinhadas;
* O cheiro a presunto consegue despertá-la dos seus sonhos mais profundos;
* Quando tento levá-la à rua às sete da manhã, ela manda-me ir a mim sozinha porque ainda está com sono;
* É ela que espera as pessoas à porta de casa;
* Se trago outros cães cá a casa, sou fulminada com um olhar reprovador que interpreto como um: “Houve lá quando é que estes selvagens saem aqui de casa? Tás-te a passar? Não quero estes arruaceiros aqui!”
* Deitar-se no chão está fora de questão, tem que ser um sítio fofo mas, se for para ficar a ver-me comer, um tapete já lhe consegue encher as medidas;
* Quando passa meia hora a lamber a tigela da comida, interpreto-o como um. “Houve lá, não chove mais nada? Foste-me buscar ao canil para vir para aqui passar fome?”

Fico-me por aqui porque não quero cansar os meus queridos leitores. Estas histórias só têm piada para donos babados.

A mensagem que quero aqui deixar, passa por vos dizer que adoptar um cão foi das experiências mais compensadoras que alguma vez tive. Mesmo desconhecendo a sua história e imaginando que já deve ter passado por muito, fico realizada por saber que comigo foi um cão feliz. No entanto, fica sensação que ela me deu muito mais a mim do que eu a ela…

domingo, 18 de novembro de 2007

Ainda falta...

Para quando um copo com este tipo!? Nunca mais chega dia 5 de Janeiro!! Já estou farta de estar aqui!
Aproveito para dizer a quem gosta de acompanhar o meu blog que toda a minha viagem à Austrália vai ser relatada aqui no blog... espero que acompanhem!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Snowtrip


Cheguei a Genève com a intenção de conhecer a cidade, jantar num restaurantes engraçados, babar nas montras das lojas e apanhar um bocado de frio a sério. O destino nunca me atraiu muito mas a Easyjet ofereceu-me um preço que convencia qualquer um. Lá fomos nós para Genève num avião cheio de parolos que fazem do embarque a batalha de Aljubarrota com direito a padeira e tudo! Como não sou muito territorial, deixei o “tuguinha” entrar entre encontrões e cotoveladas.
Mas para esperto, esperto e meio, mal nos sentámos ocupamos três lugares! Sim porque eu gosto de ir com a pernoca estendida ao comprido para não ganhar varizes… iPod, revistinha, o acompanhante ainda nem tinha apertado o cinco e já roncava, o meu hotspot estava estabelecido! Claro quando aterrámos o aplauso da praxe aconteceu!
Não ia preparada para grandes escolhas mas quando chegámos fizeram-nos a derradeira pergunta:
“Querem conhecer a Suíça ou aprender a fazer ski?”
Aquilo não era uma pergunta inocente, a resposta implicava andar dez dias aos trambolhões ou andar a passear comodamente de cidade em cidade a espalhar as vistas e a cultivar-me.
Desta vez mandei os museus, as lojas, as fotos, os passeios para o ar e fui aprender a gostar de mandar valentes tombos de rabinho na neve. E foi mesmo assim…
Alugámos o equipamento, seguimos para Avoriaz ao som Kanye West, ficou para sempre na memória aquelas paisagens fabulosas ao som de “Diamonds from Sierra Leone”.
Depois de muitas descidas de rabinho, o “sku” parecia ser um talento intrínseco! Com isso aprendi a rir-me de mim própria com um à vontade desconcertante…
Depois de muitas descidas vertiginosas feitas de rabo e quedas monumentais aprendi o significado do que me diziam: “TRAVA EM CUNHA!!!” E quanto mais quedas e dores (aquelas botas são um tormento nos primeiros dias!!) mais queria aprender!! Estava viciada e quando lhe apanhei o jeito ainda foi pior!
Da Suíça só conheci o famoso lago Léman e o Museu Patek Phillippe mas ficou o vício da neve, do vinho quente e do vento a trespassar-me a cara…

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Nem relativizando...

Ao longo destes anos a viver comigo própria aprendi uma técnica para contornar os meus "achaques" de ansiedade, é quase uma terapia do desespero para utilizar em situações limite. Hoje foi um dia para a terapia ser utilizada. Ansiosa com o exame de Economia Portuguesa, sentia que se não corresse bem a minha vida estava acabada (uma situação limite imaginária portanto). Mas o que interessa é que desta vez nada parecia funcionar, não me cansei de me dizer:
"Tens uma vida fabulosa... cheia de amigos inteligentes... viajas como gostas... atinges todas as tuas metas... tens uma vida amorosa fantástica... não passas fome... fazes o que queres a que horas queres... tens o amor incondicional do teu cão... não te falta nada minha burra! O que importa um exame no meio disto tudo?? vais morrer por causa disso? já pensaste na desgraça que assistes todos os dias? já pensaste quantos dariam o cúzinho e um tostão para levar a vida que levas? Relativiza estúpida!!"
De repente, na estrada, um homem deitado atropelado... "Preferias isto, ó mal agradecida?"
Aquilo não estava mesmo a resultar, naquele momento preferi ser atropelada... Já não conseguia olhar-me por cima de mim própria. Estava a ser impossível afastar-me da minha situação por forma a analisá-la e perceber que comparada com tantas outras é meramente insignificante. Só pedia alguma coisa que me teletransportasse para longe do centro da minha ansiedade, nem que fosse trágica! Estava tão desesperada que nem sabia o caminho da faculdade, não parava de pensar que me faltava alguma coisa, um código, um decreto-lei, uma máquina de calcular...
Felizmente o resultado foi a vitória com treze valores... mas tenho de pensar numa nova técnica, esta está obviamente viciada!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Hora dos Porquês



A verdade é que não consigo estar afastada daqui muito tempo e durante o estudo entre a diferença entre a sucessão legítima e legitimária outras questões foram suscitadas. Após 24 anos de nacionalidade "tuga", estou cheia de dúvidas existênciais. Estes anos de convivência nacional levantaram, perguntas sem resposta, que me parecem, no mínimo pertinentes. Assim se alguém me quiser ajudar, aqui ficam algumas das minhas mais íntimas questões:

*Porque é que ninguém dá um Strepsil ao Olavo Bilac?
*Porque é que todos os portugueses vão passar o Natal "à terra"?
*Porque é que o Santana Lopes e o seu compincha Durão Barroso pensam que os portugueses sofrem de amnésia?
*Porque é que a visita a um hospital português me dá sempre a sensação que estou num matadouro e que ainda vou sair de lá pior? (viva os seguros de sáude)
*Porque é que os condutores portugueses andam sempre na faixa da esquerda mesmo quando não estão a ultrapassar? (eu optei por ultrapassar pela direita, não me chamem de assassina ok!)
*Porque é que no Domingo à tarde todo o Tuga foge, em bando, para a beira-mar para um passeio de carro a 20 Km\h? (eu trabalho ao Domingo!)
*Porque é que um voo Portugal-Suiça é tão assustador? Também aquele cheiro a chouriço, queijo e bacalhau me intriga...
*Porque é que sempre que há um buraco numa rua são chamados dez homens para estarem na amena cavaqueira a olhar para o cromo que está a trabalhar?
*Porque é que o Tuga leva os filhos para o Ikea se os putos nem sequer sabem segurar na fita métrica e a única coisa que os anima é roer os móveis que estão em exposição? Deixem os castorezinhos na "Floresta Encantada"! Ainda relativamente ao drama familiar tuga ;
Porque é que as mães Tugas gostam de mudar a fralda aos "meninos" em cima das mesas da praça da alimentação do Shopping enquanto os familiares se regogizam de terem um grande cagão na família?
*Porque é que o Manuel Luís Goucha se veste com tecido de cortinados?
*Porque é que o Tuga gosta de dormir no carro numa tarde solarenga?
*Porque é que temos atletas campeões do mundo mas o Cristiano Ronaldo é que é o maior?
*Porque é que o Tuga adora um bom drama? Porque é que se for um acidente rodoviário com 40 viaturas todas engatadas umas nas outras, o Tuga para sem pensar que atrás pode vir alguém nada interessado na desgraça alheia?
*Porque é que todo o Tuga têm um telemóvel topo de gama ou mesmo dois mas vive num barraco social?
*Porque é que o Tuga continua a fazer Tunning num Opel Corsa?
*Porque é que o objectivo de todo o Tuga é viver do subsídio de desemprego ou invalidez? Será que todo o Tuga acalenta o sonho de ser inválido?
*Nos milhares de acções de promoção que fiz continuo a perguntar-me até hoje porque é que o Tuga fica louco quando vê alguém a dar alguma coisa? O Tuga vêm pedir mas não pede só para ele. Ele pede para o avô, a avó, a madrinha, o pai, a mão, "o cãozinho" e "já agora para mim que ainda não levei".

Bem, estas são só algumas das minhas dúvidas, talvez um dia volte à temática. Se alguém me conseguir esclarecer, agradecia imenso! Mas, mais do que estas simples perguntas, uma maior se "alevanta": SERÁ EM TODO O LADO ASSIM?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Afastamento forçado!

Peço desculpa a quem gosta de ler o que escrevo (são poucos mas muito muito muito bons!!!!) mas a minha vida está uma agitação. A dois meses de partir para a minha big trip e com três cadeiras para terminar o curso não sobra muito tempo para escrever!

(é esta imagem das Whitsundays que me inspira para continuar a estudar a secante matéria de Dto Penal, Dto das Sucessões e Economia Portuguesa)

Espero que me continuem a acompanhar. Beijinhos e obrigada por todos os comentários!