terça-feira, 24 de junho de 2008

Roubar em Portugal

Roubar em Portugal para além de ser uma maneira fácil de um jovem se fazer à vidinha, não é assim tão grave como isso. O que interessa é que se roube com fartura, pequenos furtos não compensam!! O que "Vale" a pena é roubar mas, roubar à séria, sem dó nem piedade, aqueles que têm uma orçamento digno de ser roubado!
Roubem, pelo menos, para poderem "refugiar-se" para um bairro de luxo numa cidade fantástica ou num destino paradisiaco! Tudo menos serem meninos a roubar!!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Amy Winehouse

Considerada um "mau exemplo", Amy Winehouse é, na minha opinião, a verdadeira diva desta década. Dona de uma voz desconcertante, com um percurso de vida próprio de quem não sabe gerir o seu próprio sucesso, Amy é a minha favorita por se afastar do estereotipo das artistas femininas nos últimos tempos. Por isto tudo fiquei desanimada quando li hoje, que foi afastada da banda sonora do 007, em prol da Leona Lewis (mais uma R&B star).
Embora já gostasse do seu primeiro disco, foi no segundo que me rendi. Numa noite de copos, chego a casa ponho a Amy a fazer-me companhia, vou ouvindo música a música e as letras vão fazendo mais sentido, o "Love" passa mesmo a ser um "losing game", reparo que realmente as lágrimas secam por si mesmas e que no dia seguinte vou acordar sozinha porque quando o sol caí ele vai embora...
Ui que romântica!! Ou que bêbeda?? Tudo para vos que Amy Winehouse faz mais sentido com uns copos a mais. Partilhei esta ideia com uma amiga mais obstinada que não bebe (pelo menos que eu veja, deve beber às escondidas) e ela não conseguiu contrariar-me! Está provado!!
Amy é mais intensa quando (se) bebe!
De qualquer das maneiras, gostava muito sinceramente, que ela recuperasse.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Sex and the City


As 4 magníficas da série "O sexo e a Cidade" conseguiram juntar os amigos todos e levá-los ao cinema. (fomos num bando de quinze como os parolos). E a mim conseguiram colar-me 3 horas a uma cadeira sem fumar! Milagre o que elas fizeram!

Entrei no cinema feliz e expectante, saí do cinema cansada, deprimida e com um mau feitio terrível.

Voltei para casa a pensar porque estava tão revoltada, afinal a história não passa de um cliché. Descobri que a causa de meu mau-estar eram os pormenores... as peças de roupa magníficas, os sapatos lindos de cortar a respiração, o sentido de humor apurado e principalmente o sucesso que cada uma delas atingia... numa expressão: "O sonho americano tornado realidade".

Comecei a pensar em mim e no meu "sonho americano", cada uma delas tinha uma parte de mim. Na Carrie encontrei a profissional de sucesso capaz de oferecer à empregada uma "Lousie Vuitton", e o casamento "diferente". Na Samantha encontrei a liberdade sexual de uma mulher de 50 que mostra que ainda está aí para as curvas. Na Charlotte acreditei no sonho "dos filhos e do marido felizes para sempre" e na Miranda, a possibilidade de uma relação com uma pessoa totalmente diferente de mim. Posso parecer corriqueiro mas não acredito que alguma mulher não reconheça nelas, as aspirações, ou pelo menos, um desejo mais íntimo.

O filme na sua banalidade, fez-me repensar o meu "sonho americano" e na sua impraticável possibilidade.

Fiquei furiosa por pagar 5,20 euros e ainda ficar deprimida com a minha realidade. Depois ocorreu-me que paguei para pensar e isso não é o mais importante?
P.S.- Leitores já sei que há quem esteja pior mas, também há quem esteja melhor!!!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

25 anos... :(

3... 2.... 1...

Dei início ao processo de envelhecimento cutâneo, fora isso tudo na mesma!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Ai Professor Marcelo...

Ontem enquanto preparava o meu jantar solitário com a música aos berros, olhei de relance para a tv ligada com o intenção de a desligar e vejo o Marcelo Rebelo de Sousa com uma mancha vermelha na cara. Pensei logo:"Lá se foi a Tubisão!!! Esfregando as mãos pensei: Finalmente posso ter uma daquelas fininhas!!". Baixo o volume da música e concentro-me na marca do Marcelinho que na minha TV parecia ter bebido uns traçadinhos a mais. (Ganda Marcelo afinal não sou a única!)
Aumento o som intrigada, de repente ouço mais ou menos isto:
Marcelo R. S.: "Já sabe o que se passou na Suíça com a chegada da Selecção?? Os portugueses cortaram o trânsito nas auto estradas Suíças. A policia Suíça não conseguia controlar os portugueses e teve de chamar a policia francesa! Ora isto é um bom sinal!!!"
Um bom sinal? Pergunto eu!!!! A mim parece-me mais o derradeiro sinal que somos um país de selvagens! Se já pouca esperança tinha em Portugal, a que restava desvaneceu-se... Se isto fosse uma conversa entusiasmada entre amigos fazia um certo sentido mas dito por alguém que é considerado uma sumidade a dar opiniões!
Fico triste... juro que fico! Não fico feliz pelos portugueses cortarem o trânsito em parte nenhuma do mundo muito menos para mostrar a sua devoção a uma equipa de futebol. A Selecção pode projectar, o nome ou marca, como queiram chamar, "Portugal", muito longe mas, duvido que melhore a crise de civismo que vivemos. Muitos menos, quando estas atitudes, são vangloriadas pelas grandes mentes deste país!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Dublin... é sexy!

Estes dias em Dublin foram uma lufada de ar fresco...
Enquanto aguardamos pela tão esperada viagem à Tailândia, fomos para Dublin. Partimos sem ideias feitas, sem objectivos, sem procurar nada a não ser descanso e ver "outras coisas". Ah sim... e namorar! Gosto de viajar assim, sem expectativas, embora raramente aconteça.
A parte do avião salto à frente, dizer que viajamos na Ryanair deve ser suficiente!
Alugámos um apartamento no centro da cidade e logo tratamos de nos sentir em casa... encher o frigo de queijos, vinho e cerveja (não tenho culpa de ter um namorado tasqueiro, que mal ouviu falar em Guiness começou logo a espumar).
No inicio perceber a geografia da cidade foi complicado, não havia mapa para nós, voltar para casa era sempre uma aventura. Também depois de estar duas horas num pub a beber, não podíamos pedir muito. Fizemos o tour pelas atracções todas da cidade mas os fins de tarde acabavam todos irremediavelmente da mesma maneira... Temple Bar!!
Não estamos a falar de uma cidade fantástica mas, passam-se uns dias agradáveis. Tirando o clima que nos faz mudar a "capota" não sei quantas vezes por dia, encontrei montes de lojas giras com marcas americanas que já tinha saudades.
Agora o que eu gostei mesmo em Dublin foram das sex shops!! Quanta variedade!! Deixo-vos os links de duas que adorei:
Não comprei nada porque já tinha queimado o Visa na Juicy Couture. :-(
Conclusão: Se arranjarem uma pechincha para Dublin, ponham uns cornos à Viking e passem lá uns dias.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Passado um mês...



Depois de um mês de ausência, aconteceram algumas coisinhas, nada de muito importante mas aconteceram...

Para inicio de conversa, finalmente, deixaram-me adoptar um Galgo... é que a todas as portas que batia diziam que eu não tinha conhecimentos suficientes para adoptar um cão que estava em condições miseráveis e que dava qualquer coisinha para ter um lugar tranquilo. Achei o julgamento precipitado mas continuei a procura. Acabei por ir buscar uma cadela a Badajoz.

Baptizei-a de Emília e ela jurou-me fidelidade eterna... tão eterna que sou perseguida freneticamente em todas as minhas tarefas, inclusive nas inestéticas idas à casa de banho. Assim, sempre que reino no trono tenho uma subalterna sentada à minha frente velando-me ministerialmente por forma a garantir-se que tudo vai correr bem.


Entretanto, também fui dar um giro a Dublin. A Ryanair democratizou as viagens de avião, transformo-as em verdadeiras viagem de autocarro e permitiu que com um orçamento ridículo possa ir arejar as ideias para uma cidade europeia. Noutro texto falo neste short-break.


Amigos... estou de volta!

Beijooooooooooooooooooooooos... um especial mas, mesmo muito especial para o Francis... sem ele continuava a preguiçar longe da blogosfera.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

5 de Abril - Pesadelo em Paredes

Não faço deste blog um diário mas este dia merece ser contado...
00:00 - Jantar em casa do casal Chinchilas chocadas. Tudo fantástico, fomos recebidos como sempre, comidinha boa e bebida com fartura. Desta vez a fartura foi excessiva. A iFrancisca sentadinha a discursar e o membro masculino do casal sempre a encher-lhe o copo. A sede era tanta que nem notei que já tinha ultrapassado aquela ligeira vertigem provocado pelo álcool.
01:30 - Tenho de ir à casa de banho. Já vou a voar, sem perceber muito bem onde ponho os pés mas consigo manter-me uma senhora. Mesmo assim sou avisada de que o melhor era ir para casa porque me tenho de levantar às 7:30 do mesmo dia. Para casa? Não!! Ir para casa é para meninos pequeninos! Incrivelmente, aquela sede não passa...
02:30 - A conversa continua... e o tema era demasiado importante para ir para casa: Será o sexo o mais importante?
04:00 - Aos meus olhos já não estávamos ali 4 mas sim...eu, mais dois de cada deles, esforçava-me para focá-los mas era extraordinariamente difícil, no entanto, continuava o meu discurso e esforçava-me por disfarçar o estado alucinado em que estava...
05:00 - O Mabides dá-me um conselho derradeiro. "Vamos embora, amanhã trabalhas e já não vais dormir!" Que querido que ele é, não podia ter dito isto duma forma convincente mais cedo. Mesmo completamente alcoolizada consegui pensar que estava perdida...
05:30 - Entrei no carro, o Mabides exclama: "Não percebo como nesse estado continuas a ter um discurso coerente!" Cheguei a casa finalmente... Pus três despertadores para as dolorosas 7:30..
07:30 - Acordo ainda bêbada. Levanto-me e sinto as pernas todas a tremer, o sabor da último copo de vinho verde na boca... "Vou vomitar! Vou morrer! Que agonia!! Como é que eu vou para Paredes? Ai mãezinha!!" Mãe? Claro, como não pensei nisso antes, as mães têm sempre solução para tudo! Acordei-a, arrisquei contar-lhe que tinha acordado bêbada e que tinha de ir TRABALHAR! Não ouvi nem verídico nem missa cantada em gregoriano, apenas muita calma e compreensão, pensei que ela também não podia estar bem. Obrigada mãe pelas águas das Pedras e pelo Tagamet.
09:00 - Cheguei muito mal a Paredes... Aliás, nem sei como lá cheguei...
Depois de muito trabalho a tentar mostrar-me na minha plena capacidade, e, dois litros de água...
18:00 - Finalmente vou-me embora!! Acabou este dia de tortura, o que eu tive de fingir! Pela primeira vez no dia sinto-me animada. Corro ligeirinha para o carro... O carro? Onde é que está a merda do carro?
18:30 - Continuo, exausta a deambular por Paredes à procura do carro e nada!
18:45 - Ligo desesperada ao Mabides e partilho o meu desespero: "Perdi o carro!" Ouço o "Têm calma." da praxe que não resolve nada.
19:00 - Vejo uma carrinha... parece ser a minha.... confirmo a matrícula e à primeira vista parece-me familiar, confirmo... e sim! É a minha viatura!!
Volto finalmente para casa, já a pensar que o dia ainda vai no inicio, segue-se mais um jantar...
Chegada ao jantar, recuso e vinho branco e agarro-me a uma garrafa de Coca-Cola, é que no dia seguinte estou em Paredes novamente... e já não tenho idade para isto!

segunda-feira, 31 de março de 2008

Quando casas?

(obrigada Crest pelo prémio... adorei! nunca pensei que inspira-se alguém...)



Tenho 24 anos, namoro há 9 e não... não é promessa, como muitos dizem!!


Basta proferir este dois factos para a pergunta surgir: "Quando casas?" ou então, melhor: "Porque não casas?". Sei perfeitamente a resposta para esta pergunta mas, acho-a tão entediante que me limito a gozar um bocadinho com a situação, então respondo com pesar: "Ai! Eu queria tanto! Ele é que não quer! Sabe como são os homens sempre a fugir do compromisso...". Podia perder tempo a responder-lhes a verdade mas, isso obrigava-me a mais uma hora de discussão sobre os fins do ser humano, com pessoas com quem não quero perder tempo...


A verdade é que me irrita que me façam essas perguntas, primeiro porque as pessoas fazem-nas muitas vezes com ideias preconcebidas. Querem saber se, sou eu ou ele, que não está a 100% na relação, qual de nós têm medo de compromisso e para finalizar fazem a sua análise como quem cozinha fast food. É um ver se te avias a dizer: "Oh menina ponha-se a pau, qualquer dia têm uma surpresa... namoros grandes não dão bom resultado... ele com a anilha estava mais seguro!". Deliro com estas frases!


Não casamos porque não queremos!! Não queremos nada que nos prenda a estar no Tugal... não queremos empréstimos para pagar, não queremos discussões sobre cuecas, meias, escovas dos dentes e pelos na banheira... Queremos disponibilidade para largar tudo e sair daqui os dois juntos, sem dramas nem dívidas. Somos felizes assim, sem sonho burguês da casa, dos filhos e das contas para pagar com o sonho dos 8 dias de férias no Algarve na gaveta.


Assim temos o melhor de dois mundos.... casa dos pais, contas pagas, saídas e jantaradas, viagens iguaizinhas às que sonhamos , défice de discussões sobre o dia-a-dia, espaço para cada um...


Agora digam-me, qual é o problema de gostarmos de viver assim? Porque é que as pessoas vêem isto com tanta desconfiança? Porque necessitam sempre de fazer uma longa metragem psicológica por trás de tudo isto?


É assim tão complicado perceber que somos felizes assim... não há medos de compromisso, não há insegurança, apenas temos vontade de manter a qualidade de vida e a liberdade que temos, sem pressas nem pressões.


Fico mesmo incomodada quando explico isto às pessoas e elas continuam a julgar a minha relação pelos critérios delas... é assim tão difícil perceber que nem todas as mulheres querem as mesmas coisas?

terça-feira, 18 de março de 2008

Adoptar um animal

Adoptar um animal não é tão fácil como à partida pode parecer.

Quando perdi a minha cadela por uma decisão minha, tomada de uma forma responsável, altruísta e ponderada, senti um enorme vazio que ninguém pode preencher por mais boa vontade que tenha. Os cães dos meus amigos e das outras pessoas não me impressionam porque o que sinto realmente falta é do meu cão!

Como ferida de cão se cura com pelo de cão, ultrapassei a sensação de que poderia estar a substituí-la e decidi adoptar outro. Optei por me manter dentro da mesma raça. Muitos de vocês não estão familiarizados com o Galgo Espanhol mas, posso garantir-vos que se tratam de cães "diferentes". Estou a falar de umas das raças que sofre as maiores atrocidades que um ser humano pode fazer a um animal. Basta uma pequena busca no google para se encontrar um quantidade enorme de instituições que se dedica exclusivamente à protecção dos Galgos.

Deixo-vos dois links:





Decidida a adoptar um galgo, dirigi-me à Sociedade Protectora dos Animais do Porto onde, já tinha a muito custo, adoptado a minha cadela. Fui recebida com sete pedras na mão, o que reforçou a ideia de que algo de estranho se passa. Será que a ideia é não deixar sair de lá os cães? De que é que estamos a falar? De uma instituição de visa ajudar os animais ou que tira algum tipo de "vantagem" em mante-los lá?

Como não sou saco de boxe e não admito ser tratada daquela maneira, ainda por cima, quando vou cheia de boas intenções, deixei a SPA de lado. Voltei-me para "nuestros hermanos". Entrei em contacto com diversas instituições por forma a conseguir trazer um galgo reformado das corridas para Portugal. Vi-me a braços com um processo ainda mais complicado mas, neste caso, as dificuldades eram justificadas. Exigiram ver a minha casa, uma declaração da veterinária que costumava tratar os meus cães declarando que era uma boa dona, para além da resposta a um enorme questionário.

Concordo com todas estas exigências principalmente porque neste caso o que lhes interessa é o bem estar de um animal que, já passou por todo o tipo de crueldades e abusos.

Finalmente, estou em fase final de adopção e apresento-vos a minha nova companhia:




Chama-se Tere, têm 3 anos e está reformada das corridas em que entrava em Barcelona.

Se algum de vocês quiser ajuda para adoptar um galgo ou quiser saber uma maneira de ajudar, por favor enviem-me um mail para franciscacorreia@hotmail.com

terça-feira, 11 de março de 2008

Tenho tantas saudades...

Podia dizer neste texto tantas coisas mas deixo-as para mim...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Work hard, play hard...

Estes dias tenho estado a trabalhar num encontro de organizadores de eventos internacionais e patrocinadores. Num dos discursos sobre o "turismo de luxo", o orador dizia que os turistas de luxo tinham como lema: "Work hard, play hard." Pensei logo, este só pode ser o meu lema de vida! Estes dias tenho trabalhado como uma louca para poder seguir noutra viagem...
Enquanto um inglês discursava sobre a organização das corridas de Fórmula 1, eu pensava que o slogan era perfeito para mim, no entanto, faltava alguma coisa... estava incompleto... para mim tinha de ser mais do género:

Work hard but play even harder!!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Into the Wild

Estou a ler três livros em simultâneo... não deixa de ser confuso mas, com o tempo livre que tenho, torna-se possível. De entre a "Memória das minhas putas tristes" do Gabito, ao "Olhos nos Olhos" do Julinho Machado Vaz, o "Into the Wild" é aquele que viaja na minha carteira.
"Into the Wild" ou o "Lado Selvagem", conta a história de Chris McCandless, um jovem que se desprende de todos os bens materiais para viajar até ao Alasca alimentado pelo que a natureza lhe dá. Todo o percurso fascina qualquer apaixonado por viagens de percurso e, ainda mais aqueles que viajam sem sequer saírem do local onde se encontram.


A história não foi, nem de longe, amor à primeira vista... Primeiro veio a sugestão da banda sonora do filme, da autoria do Eddie Vedder. Acabei por ouvi-la, uma ou duas vezes, sem grande entusiasmo. Depois, o filme, visto quase por pedido, na viagem de volta da Austrália. Só fora necessários alguns minutos, para naquele avião, também eu, viajar desprovida de bens materiais para norte.

Agora, o livro, que me mostra que mesmo tendo a caminhada terminado cedo de mais com a vida de Chris, ele foi feliz... Não o considero um louco como maior parte. Também, eu queria ter a coragem de soltar-me das amarras do material e procurar-me sem influências exteriores...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Há gente muito estúpida!



Cenário: Local de trabalho...


Estúpida: Hoje não pareces muito bem...

iFrancisca: Não... realmente não estou muito bem... a minha cadela tem leucemia...

Estúpida: QUE GIRO!!!

iFrancisca (em pensamento): Giro?! Óh minha vaca! Giro??? Eu mato-te pá!

iFrancisca (civilizadamente): Giro? Porquê?

Estúpida: Porque é doença de gente!

iFrancisca: Ah OK...


Tenho medo, que de tanto trabalhar com esta gente, fique assim também...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O que fazia com 1000 € extra?

Ontem, no Dia dos Namorados, o meu Mabides foi o maior. Não me levou a jantar, nem me deu flores, nem me levou para nenhum motel, nem me ofereceu nenhuma prenda. A prenda, eu até agradecia porque há tanta coisa que preciso mas, o resto dispenso. Não gosto muito de “obrigações”, de ter de ser “um dia especial”. Detesto, expectativas. Os nossos aniversários de namoro correm sempre catastroficamente e por isso prefiro que, que estes dias, que tem o peso de ter de correr bem, só aconteçam uma vez por ano.
Assim, este ano, o meu namorado, celebrou o dia de outra maneira. Conseguiu colar-me uma pastilha elástica no cabelo e confessou-me que acha que eu sou a maior Barbie que ele já conheceu. Ora eu gostei e gostei muito! O episódio da pastilha teve tanto de insólito como de divertido. Foi engraçado ter acontecido um dos incidentes a evitar neste dia.
A parte de me chamar Barbie ainda foi mais proveitosa. Aliás, para mim é precioso que ele já tenha percebido isso para evitar surpresas. Até já o apanhei a fazer o inventário da minha casa de banho, por isso está tudo “preto no branco”. Impossível haver dúvidas…
Ultimamente, tenho sido acusada de ser materialista por amigos e familiares e agora pelo “respectivo” também. Depois descubro que alguém se propõe a fazer uma viagem de Lisboa a Dakar com 1000 euros. Tudo isto me leva a pensar onde ia ou o que fazia com mil euros…
1º- Se os quisesse gastar todos de uma vez e ainda ter de desembolsar mais, comprava já o meu bilhete de avião para Bangkok.
Mas se quisesse ter prazer consumista durante mais tempo…
- Comprava o meu perfume da Prada que está nos cascos… (82 €)
- A biografia do Nelson Mandela, que ninguém me oferece… (38 €)
- Um saco de ração de cão para entregar no Midas… (25 €)
- Um dia no “The SPA” no Sheraton… (270 €)
- Raptava o meu respectivo para um almoço no Ourigo… (60 €)
Tinha de lhe levar uma prenda e como gosto de o ver feliz e entretido, dava-lhe a PS3… (por volta dos 400 €)
Os restantes 125 €, davas-lhe um destino mais duradouro, punha-os na minha poupança reforma. É que eu gosto de gastar mas, “isto está muito mau”…

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Até onde vais com 1000 euros?

Eu nunca fui muito longe mas, pelo vistos há quem vá!
Dois portugueses prentendem ir de Lisboa a Dakar de bicla, só gastando, cada um, 1000 euros!!

http://ateondevaiscom1000euros.blogspot.com/

Passem por lá e apoiem... eles merecem! Eu com dois mil euros e uma lambreta, acho que não chegava nem a Marrocos!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

De volta... :-(

Cenário: Perfumes & Companhia

iFrancisca: Olá bom dia! Eu andava à procura de um after-shave da Carolina Herrera... Podia dizer-me onde está?
Funcionária 2 neurónios: Mas quer de homem ou de mulher?

AAAAHHHRRRRRR! Tirem-me daqui!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mission Beach & Cairns_ Austrália

Saídos das Whitsundays, desembarcámos em Arlie Beach, onde só tínhamos autocarro às duas da manhã para Mission. Habituados a que às 11 da noite já era muito tarde para quem às sete da manhã andava de mochilas costas, decidimos arranjar um sítio para dormir um bocado e guardar as mochilas. Encontrámos um Backpacker dentro daquilo que queríamos pagar por duas ou três horas de sono. Estávamos tão relaxados por encontrar um sítio para descansar por pouco dinheiro que, nem insistimos em conhecer o quarto! Mas devíamos… quando subimos o que encontrámos, era pior do que vocês podem imaginar! Um quarto que parecia uma cela de Alcatraz, sem janelas, nem ar condicionado, só uma ventoinha preguiçosa. Um tapete persa a disfarçar a falta de soalho, duas camas de ferro a desintegrarem-se e baratas castanhas a vaguear pelas paredes. Foi o ponto mais baixo da viagem… O Mabides roncava solenemente até que eu o acordei à uma da manhã toda transpirada a dizer que estava no banco da rua, à espera dele… já não aguentava mais aquela tortura! Ninguém merecia aquilo…
Fomos para a paragem da Greyhound, não havia ninguém nas ruas, só os bichos australianos, confesso que estava com miufa! O autocarro atrasou-se mas lá chegou… Neste autocarro aprendi como é que se dorme num autocarro a noite toda. Experimentem expulsar o vizinho do lado depois deitem-se todos estendidos com as pernocas no outro banco. Isso mesmo, a impedir a passagem a toda a gente. Não se preocupem, eles passam por cima de vocês se precisarem de ir à casinha! É uma noite santa!
Chegados a Mission, reparámos que o nosso “resort” ficava bem longe. Tínhamos duas opções; ir pela estrada acompanhados por 40º graus de temperatura, ou, então ir pela praia e passar por um canal com crocodilos de água salgada (os piores). Para ajudar à festa, um suíço indicou-nos que devíamos ir no sentido ao contrário. Eu não sei ler mapas mas vi logo que aquilo não era uma boa dica. Fomos teimosos, e metemo-nos estrada fora para evitar o canal. Passados 10 minutos de uma penosa caminhada, aparece o suíço a desfazer-se em desculpas e a oferecer-nos uma boleia para o nosso destino. Foi o melhor que nos podia ter acontecido naquele momento. A partir desse dia ficamos de abraço com o suíço e cada vez que o víamos fazíamos-lhe uma grande festa.
Em Mission não se passa grande coisa, mas por alguma razão aparece em todas as revistas de viagens… a praia é inacreditável! Não é uma praia de areia branca e palmeiras e água transparente mas, sim uma praia LINDA, selvagem, forte… a areia é dourada, o mar revolto e é contornada por uma vegetação que faz lembrar a selva. Impressionante!
De partida para Cairns e a Grande Barreira de Corais fomos avisados que estaria muito mau tempo por lá e que a visita à barreira seria praticamente impossível por razões climatéricas. Ficámos mais do que desiludidos, tínhamos feito milhares de quilómetros para chegar ali, para ver algo que tão cedo não estará novamente ao nosso alcance… morremos na praia… mas pior, é que com isso não marcámos nenhuma vista e no dia seguinte tínhamos um dia magnífico para snorkelling. Foi injusto!!! Foi mesmo… até hoje não me consigo resignar!
No dia seguinte, já com a prometida tempestade tropical voltámos para Sydney….

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Capricon & Whitsunday Coast_Austrália

Nunca fiz uma única viagem com o objectivo de conhecer pessoas ou fazer amigos. A ideia sempre foi conhecer-me melhor a mim própria e, eventualmente, à pessoa que viajava comigo. Isto já me parecia uma grande batalha, por isso, preferia captar os sítios por onde passava, sem grandes interferências. Concordo com quem afirma que só se conhece um local quando se conhece as pessoas que o fazem. Eu como sou de poucos amigos, sempre me mantive à distância.
Desta vez, as coisas aconteceram de maneira diferente. Os australianos e as pessoas que viajam como nós, metem conversa, querem conhecer-nos, saber de onde vimos, como vivemos, querem trocar experiências. Fazem questão de nos ajudar de uma forma tão generosa que mesmo só atrapalhando, é impossível contrariá-las.
Esta fase da viagem, foi fértil em conhecimentos. Em Yeppon, ficámos num apartamento de um casal de velhinhos, que nos receberam como nunca fui recebida num grande hotel. Arranjaram-nos o jantar, fizeram tudo o que podiam e não podiam para nos ajudar, já que tínhamos chegado muito tarde… quando souberam que éramos portugueses, a senhora disse-me que o maior sonho dela era ir a Fátima. Apesar de não ser propriamente religiosa, fiquei tão emocionada por saber que, de tão longe, alguém tinha no nosso país um sonho. Pedi-lhe a morada e prometi-lhe que lhe enviava um terço de lá.
Yeppon, foi só uma porta de entrada para a Great Keppel Island e o fim dos Backpackers na nossa viagem. Assim fugimos para um resort para descansar dois dias e conhecer a ilha. Tudo estava a correr de acordo com o descanso quando a “je” se lembrou que fazer uma trilha é que era fixe! O Mabides insistiu que a fizesse de havainas, calções e bikini. O repelente de insectos, segundo ele, era para meninos! A trilha terminou com as minhas costas transformadas num campo de batalha de mosquitos… uma miséria! À noite tivemos um súbito “encounter” com mais uns bichos australianos. Pareciam umas topeiras e perseguiam-nos, se achassem que tínhamos comida. O Mabides da primeira vez, fugiu e deixou-me sozinha a lidar com estes animais selvagens. Mas, eu à noite vinguei-me e fechei-o na varanda com um, enquanto delirava com a cena, não sei qual dos dois estava mais assustado. De manhã, tivemos mais um encontro, desta vez, com uns papagaios em miniatura, os lorikeets, que se sentiram completamente à vontade para dar umas dentadas nas minhas “cream crackers”. Quando reparei, a situação estava fora do meu controlo, tinha três em cima da mesa a comerem directamente do prato. Eu queria que eles experimentassem a minha fúria mas, faltou-me a coragem.
Aqui na Austrália os animais é que mandam!
Da Great Keppel Island fomos para as Whitsundays. Fizemos a viagem de comboio durante a noite. Aproveito para vos falar um bocadinho dos Australianos que viajam de comboio. Primeiro andam todos descalços e sujos, com pelo menos duas almofadas atrás. As crianças viajam de pijama mas, antes de entrarem para o comboio rebolam pelo chão das estações.
Depois de alguns contratempos, chegámos à Long Island, uma das 74 ilhas que fazem parte das Whitsundays. Desta vez, tínhamos cangurus a pinchar pelo resort. Fomos avisados que haviam jelly fishes aos magotes por aquelas bandas. Mas, eu, como não sou novata nestes ataques, decidi que fazer snorkelling sem fato era mais radical e condizente com o espírito de aventura. Fui atacada, desta vez no braço, ou seja, tive tempo de evitar um ataque mais feroz. Não houve direito a desmaio, taquicardia nem dores de cabeça como da última vez. Umas picadelas, comichão, duas marcas no braço e siga.
Ah!! Fiz um cruzeiro pelas Whintsundays e fugi com este gajo aqui da foto! Acho que o Mabides anda perdido pelo Outback com uma aborígene…

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Hervey Bay, Rainbow Beach_Austrália

“Hi sunshine!” É este o cumprimento típico na Sunshine Coast, onde estivemos durante quatro dias…
Até aqui, tinha corrido tudo muito bem mas, já era hora de arranjarmos problemas. Não foram os piores mas, impediram-nos de conhecer um dos destinos que nos entusiasmavam mais… a Fraser Island, a maior ilha de areia do mundo com uma praia de 74 milhas e um aspecto paradisíaco. Tudo começou com um erro no cálculo de distâncias meu, e terminou com uma noite numa praia onde não se passa absolutamente nada.
Chegamos a Hervey Bay, na expectativa de apanhar um ferry para a ilha, lá supostamente tínhamos um Backpacker à nossa espera para mais duas noites a ripongar. Mas a iFrancisca tratou de estragar tudo quando não reparou que Rainbow Beach não ficava na ilha mas, sim a 200 km de Hervey Bay e, era apenas mais uma entrada para a ilha. Oh pá, no mapa parecia pouca coisa, assim do género, Porto/Vila do Conde!! Não tenho culpa de viver num país onde ir do Porto ao Algarve já é uma grande viagem! Quando chegámos a Rainbow Beach, para além de uma praia fabulosa, não encontrámos mais nada. Não há bares, restaurantes rareiam e os que existem fecham criteriosamente às 8 da noite. As festas que existem são nos backpackers, o que é fabuloso para quem paga para lá dormir! Conclusão, acabámos a noite, no quarto a beber whisky pela garrafa, enquanto lá fora o resto dos hóspedes brincavam à pedrada e à paulada. No dia seguinte, ao pequeno-almoço, vi o resultado… um alemão com a cara feita numa bolacha.
Para os meninos que fazem surf e me lêem, parece que nesta praia, existe um banco de areia que provoca umas ondas gigantes que só permitem a aproximação de helicóptero. Corrijam-me se estiver errada mas, foi o que percebi…
Apesar de não se passar absolutamente nada em Rainbow, a praia vale mesmo a visita.
Já no Backpacker de Hervey Bay, a coisa passava-se de maneira diferente. Quando chegámos ao bar o empregado estava vestido de padre e as meninas, que tão atenciosamente nos receberam na recepção, estavam disfarçadas de meretrizes. Foi uma noite interessante…
Hervey Bay é, sem dúvida, outra loiça! A praia que se perde de vista, é fantástica e quase deserta. Apesar de nas ruas o ambiente ser animado, parece que ninguém simpatiza muito com a praia por aqui. Os hóspedes dos Backpackers preencham os dias a beber, comer e confraternizar, os locais dão uns passeios com os cães na praia mas não chegam a aquecer o lugar. Por isso, a praia de Hervey Bay é ideal para namorar enquanto se está de molho…

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Brisbane_Austrália

Brisbane foi sinónimo da minha primeira estadia em Backpackers. No início não estava a ser tudo tão mau como eu imaginava. Não houve muito barulho, o quarto era limpo, as pessoas eram civilizadas, até haviam uns velhotes à mistura para compensar a gera que por lá andava. Quando tudo parecia razoavelmente aceitável e, eu até já estava, mais ou menos, convencida a hospedar-me mais vezes em sítios do género, a aranha aparece! Mas não era uma aranha qualquer, era um bicho castanho, enorme, com umas patas assustadoras! Chamei o homem da casa para resolver o assunto e ele fugiu para a recepção, segundo ele para arranjar qualquer coisa capaz de matar o animal. Mas parece que, aqui na Austrália, não se pode matar qualquer bicho que nos meta nojo… por isso, o macho da recepção aparece com um tuperware para enjaular o bicharoco. O Mabides diz com toda a certeza do mundo que ela neste momento está numa estante como troféu pelo resgate da aranha maior que apareceu pelo YHA.

A partir deste incidente, nunca mais tive uma noite sossegada, qualquer comichão que sinta, fico logo em estado de alerta. É um bocado cansativo, mas é mais seguro…
Histerias de gaja à parte…
Em Brisbane vale sobretudo a pena fazer um passeio de bicicleta junto ao rio. Todo o caminho está sinalizado e as condições para pedalar são dignas de ciclismo profissional, mesmo assim, conseguimos perder-nos e enfiar-nos numa das zonas mais perigosas da cidade, onde o pessoal, de noite, se diverte a brincar às facadas. Qualquer dos percursos aconselhados aos turistas passa pelo Jardim Botânico da cidade que, na minha opinião, é um dos locais mais agradáveis e relaxantes de Brisbane.
Nestes dias, acabamos por conhecer mais duas personagens que marcam esta viagem. Uma australiana com descendência austríaca, e uma francesa com uma viagem de um ano sem rumo certo pela frente. É incrível a quantidade de mulheres a fazerem uma viagem solitária durante meses ou anos… Quando acho que tudo isto tem sido uma grande aventura, penso em todas estas pessoas que vou conhecendo pelo caminho, com trajectórias muito mais arrojadas do as que alguma vez imaginei para mim. Durante estes dias acabei por ficar doente, e o único conforto que senti foi ter alguém ao meu lado. Nessa altura tive a certeza que viajar sozinha nunca será uma alternativa para mim.
Nestes três dias, o ponto alto foi, sem dúvida, a visita ao maior santuário do koalas do mundo, o Lone Pine Koala Santuary. Consegui finalmente pegar num koala ao colo e confraternizar com os cangurus. Incitaram-me a um convívio com os erms ( os maiores pássaros do mundo com as garras maiores do mundo… acreditem, nestes pássaros, é tudo maior do mundo!) mas achei melhor manter-me à distância… não fosse irritar o pardaleco. Este parque natural para além de uma quantidade enorme de koalas e de outros animais australianos, têm a vantagem de permitir o contacto directo sem restrições com os animais que não são perigosos. Mais do que tudo nota-se no parque uma vertente didáctica muito forte que afasta de todo a ideia “para turista ver”. E isto, para quem a música “vamos fazer amigos entre os animais” é um hino, foi o paraíso.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Surfers Paradise_Australia

Deixamos “Báran Bá” (Byron Bay com pronúncia aussie) e eu ia com o coração bem apertado. Pode parecer lamechas mas, custou-me muito deixar Byron Bay… ainda por cima tinha acabado de conhecer a verdadeira dona da gata que me andava a enojar. Afinal a tolinha inglesa que tratava da casa onde estávamos, não era a dona do cottage inspirado em Bali. A proprietária revelou-se ainda mais pitoresca, nem que fosse pela grande dentada de tubarão que tinha no braço. Aqui, na Austrália, os tubarões não são de todo um mito, é mais frequente do que eu imaginava ver pessoas com grandes cicatrizes nas pernas e nos braços deixadas pelos encontros com os bichanos. Eu, pelo sim pelo não, ando sempre à espreita e com a música do filme na cabeça. Como tenho medo que me estraguem as férias, também não deixo o meu “apêndice fofo” alongar-se muito na água. Ele passa-se um bocado mas, eu consigo ser suficientemente convincente com os meus avisos perseverantes.


Agora, estamos em Surfers Paradise mas, o nome engana, eu chamar-lhe-ia “Parolândia Paradise” ou “Albufeira Australiana”. Depois de dias bem passados num ambiente “boa onda”, aterramos de pára-quedas numa terra cheia de arranha-céus. Eu pensei que isto fosse um prolongamento de Byron mas enganei-me.
Quem viaja encontra destas coisas, e ainda bem, porque o objectivo é ver o máximo possível, incluindo o mau. É como vos digo, Albufeira ou a Quarteira em pleno pico de férias do tuga e do bife. Isto é tão mau que eles orgulham-se de terem o prédio residencial mais alto do mundo. A praia tem lixo por todo o lado, é ver as crianças "japas" a brincaram com o lixo sobre o olhar atento das máquinas fotográficas dos pais.
Se calhar estou a ser muito criticas mas sinceramente achei S.P. uma merda crivada de pés de chinelo.
Quem quiser passar por cá, o meu conselho é perderem mais um dia em Byron ou em Sidney e esquecerem o nome Paradise.
Mas, Surfers tem algo de desconcertante. Porta com porta, encontra-se a loja da Fendi com uma casa de alterne, ou a loja da Gucci, lado a lado, com um Strip Club. Também não entendo a existências destas lojas por aqui, quando o que anda na rua são apenas bandos de famílias ranhosas.
Cada sitio tem sempre alguma aspecto interessante e Surfers tem esta particularidade: o antagonismo inexplicável.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Australia_Byron Bay

Depois da estadia em Sydney, que excedeu todas as minhas expectativas e de um dia em Newcastle, que foi uma grande desilusao, finalmente chegamos a Byron Bay!! E amigos isto e que e curtir! Vamos ficar por aqui dois dias, estamos hospedados na casa de uma tolinha que e muito fixe... deixa nos a chave da porta dela, comida e montes de cenas. So tem um defeito, tem um gato nojento que me faz um bocado de impressao. Na mesma casa vivemos com outras pessoas, tem sido uma experiencia interessante... isto, porque tenho a minha private bathroom, senao passava me!!
A viagem para ca foi assustadora! O comboio demorou 12 horas de Newcastle ate aqui e estava lotado de pessoas que nao tomam banho a pelo menos 5 dias. Aqui na Australia, toda a gente anda descalca, ou seja, mete medo olhar para os pes deles! Sao nojentos! Nao percebo como e que nao apanham uma doenca! Para alem da falta de higiene, eles metem conversa com toda a gente! E impossivel fazer uma viagem tranquila porque eles nao sossegam enquanto nao percebem de onde somos, por onde vamos e o que fazemos. Depois de dez minutos, parecem que nos conhecem a anos... se nos vem atrapalhados com um mapa na mao vem logo para nos dar indicacoes, nao e preciso pedir nada!... acho que e por sermos europeus que achamos isto um bocado estranho...
Bem mas Byron Bay superou todas as nossas expectativas... era disto que andavamos a procura! Depois da estadia em Newcastle ficamos um bocado desapontados... aquilo e horrivel, nao se passa nada, ou seja, e um sitio que quem quiser passar por ca pode passar a frente.
Byron Bay e um sitio pequeno mas, muito animado, e so pessoas na casa dos 20, 30, todos sufistas. Vive se um ambiente descontraido, com concertos pelas ruas, muitas lojas de surf e praias fabulosas! Como nao podia deixar de ser encontra se por aqui exemplares da especie humana muito agradaveis a vista!
Por hoje fico me por aqui, ainda nao terminei o texto sobre Sydney, nao esta a ser facil, tenho tanto para dizer... Sobre Newcastle nao digo nada prefiro esquecer...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Obrigada

Queria agradecer, um por um, os votos de uma boa viagem mas nao esta facil!! Por isso agradeco vos a todos de uma so vez. Desculpem nao por acentos mas, eu nao sei de todo, funcionar com este teclado! Estou a escrever um texto sobre a minha estadia aqui em Sydney, quando estiver pronto eu publico.
Francis Obrigada!
tavguinu Sondas? Nao tens a tua propria? :) Era ondas, nao era? Beijocas
Ana Obrigada e vou fazer por isso... beijocas
Crestfallen Nao precisas de convite... Oh pa! Mas tu ainda no outro dia estavas de ferias!
Noivo Se o conselho e teu vou confirmar... mas tou com u jetlag huge, passeia noite toda as voltinhas num quarto para nao fumadores! Beijos
Mulheka Contigo ja falei. Obrigada sua invejosinha!
Juoum Obrigada! Ja sei que andas pelo Porto. Andamos desencontrados...
Margarida Nobre Obrigada! Beijocas e em breve tenho novidades. Para ja so lhe digo que isto e carote!
Beijos a todos, vou tentar cuscar os vosso blogs com a meia hora que ja ta paga... bye!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Amigos... Fui!

Chegou a hora. Queria pedir-vos desculpa, porque provavelmente não vou puder visitar tanto os vossos blog e recheá-los dos meus preciosos comentários. Mal tenha um bocadinho volto à carga!
Beijinhos para todos...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Packing

Gaja que é gaja, nem quando vai apenas de fim-de-semana, consegue fazer uma mala e limitar-se ao essencial. Eu, quando vou de fim-de-semana, faço uma mala para quinze dias com uma necessaire com mini SPA pessoal incluído.
Quando fui para o Brasil, levei uma mala que pesava 37 kg. Eram 37 de kg de roupa, livros, cremes e mais algumas coisitas, tudo essencial. Na viagem para os Estados Unidos, o episódio repete-se com duas malas; uma para sapatos e outra para roupa. Estas duas “peso pluma” excediam, no seu conjunto, os quarenta quilos. A estúpida da hospedeira, não compreendeu o meu dilema e queria cobrar-me 150 euros pelo excesso. Mas excesso de quê? Aquela vaca invejosa não percebe que eu vou um mês para fora, ora para a praia, ora para o frio! Ninguém merece! Tanto eu, como o meu namorado, achámos a situação inaceitável. Eu reagi pegando na carteira... ele, num ataque de raiva, nunca antes visto, desfez a mala à frente de toda a gente. Isto tudo às seis da manhã, num check in cheio de "emigras" de partida para Paris. Na volta, as duas malas pesavam 60 kg mas, a hospedeira da Air France foi mais razoável, e como o vôo ia vazio, permitiu a minha excentricidade. Qualquer mulher entenderia a minha situação, nos Estados Unidos eu era quase que obrigada a comprar!
Agora, estou em braços com mais um problema de packing. Lembrei-me de ir “ripongar” para a Austrália um mês com uma mochila de 70 litros às costas. E aquilo é pequeno! Não cabe lá nada!
Está a ser um drama. Só posso levar um livro, um protector solar, um creme, meias dúzia de t-shirts. Os calções, as mini saias e as calças vão contadinhas. A toalha de praia já é carta fora do baralho nesta viagem, ocupa metade do cubículo onde tenho de enfiar tudo! Vou ter de deixar muito do essencial. Até nas cuecas tenho de fazer contas!
Eu não sei fazer malas humildes… :-( ...mas, ando toda contente a aprender!:-) IEY! Vou ser riponga por um mês!