terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Into the Wild

Estou a ler três livros em simultâneo... não deixa de ser confuso mas, com o tempo livre que tenho, torna-se possível. De entre a "Memória das minhas putas tristes" do Gabito, ao "Olhos nos Olhos" do Julinho Machado Vaz, o "Into the Wild" é aquele que viaja na minha carteira.
"Into the Wild" ou o "Lado Selvagem", conta a história de Chris McCandless, um jovem que se desprende de todos os bens materiais para viajar até ao Alasca alimentado pelo que a natureza lhe dá. Todo o percurso fascina qualquer apaixonado por viagens de percurso e, ainda mais aqueles que viajam sem sequer saírem do local onde se encontram.


A história não foi, nem de longe, amor à primeira vista... Primeiro veio a sugestão da banda sonora do filme, da autoria do Eddie Vedder. Acabei por ouvi-la, uma ou duas vezes, sem grande entusiasmo. Depois, o filme, visto quase por pedido, na viagem de volta da Austrália. Só fora necessários alguns minutos, para naquele avião, também eu, viajar desprovida de bens materiais para norte.

Agora, o livro, que me mostra que mesmo tendo a caminhada terminado cedo de mais com a vida de Chris, ele foi feliz... Não o considero um louco como maior parte. Também, eu queria ter a coragem de soltar-me das amarras do material e procurar-me sem influências exteriores...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Há gente muito estúpida!



Cenário: Local de trabalho...


Estúpida: Hoje não pareces muito bem...

iFrancisca: Não... realmente não estou muito bem... a minha cadela tem leucemia...

Estúpida: QUE GIRO!!!

iFrancisca (em pensamento): Giro?! Óh minha vaca! Giro??? Eu mato-te pá!

iFrancisca (civilizadamente): Giro? Porquê?

Estúpida: Porque é doença de gente!

iFrancisca: Ah OK...


Tenho medo, que de tanto trabalhar com esta gente, fique assim também...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O que fazia com 1000 € extra?

Ontem, no Dia dos Namorados, o meu Mabides foi o maior. Não me levou a jantar, nem me deu flores, nem me levou para nenhum motel, nem me ofereceu nenhuma prenda. A prenda, eu até agradecia porque há tanta coisa que preciso mas, o resto dispenso. Não gosto muito de “obrigações”, de ter de ser “um dia especial”. Detesto, expectativas. Os nossos aniversários de namoro correm sempre catastroficamente e por isso prefiro que, que estes dias, que tem o peso de ter de correr bem, só aconteçam uma vez por ano.
Assim, este ano, o meu namorado, celebrou o dia de outra maneira. Conseguiu colar-me uma pastilha elástica no cabelo e confessou-me que acha que eu sou a maior Barbie que ele já conheceu. Ora eu gostei e gostei muito! O episódio da pastilha teve tanto de insólito como de divertido. Foi engraçado ter acontecido um dos incidentes a evitar neste dia.
A parte de me chamar Barbie ainda foi mais proveitosa. Aliás, para mim é precioso que ele já tenha percebido isso para evitar surpresas. Até já o apanhei a fazer o inventário da minha casa de banho, por isso está tudo “preto no branco”. Impossível haver dúvidas…
Ultimamente, tenho sido acusada de ser materialista por amigos e familiares e agora pelo “respectivo” também. Depois descubro que alguém se propõe a fazer uma viagem de Lisboa a Dakar com 1000 euros. Tudo isto me leva a pensar onde ia ou o que fazia com mil euros…
1º- Se os quisesse gastar todos de uma vez e ainda ter de desembolsar mais, comprava já o meu bilhete de avião para Bangkok.
Mas se quisesse ter prazer consumista durante mais tempo…
- Comprava o meu perfume da Prada que está nos cascos… (82 €)
- A biografia do Nelson Mandela, que ninguém me oferece… (38 €)
- Um saco de ração de cão para entregar no Midas… (25 €)
- Um dia no “The SPA” no Sheraton… (270 €)
- Raptava o meu respectivo para um almoço no Ourigo… (60 €)
Tinha de lhe levar uma prenda e como gosto de o ver feliz e entretido, dava-lhe a PS3… (por volta dos 400 €)
Os restantes 125 €, davas-lhe um destino mais duradouro, punha-os na minha poupança reforma. É que eu gosto de gastar mas, “isto está muito mau”…

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Até onde vais com 1000 euros?

Eu nunca fui muito longe mas, pelo vistos há quem vá!
Dois portugueses prentendem ir de Lisboa a Dakar de bicla, só gastando, cada um, 1000 euros!!

http://ateondevaiscom1000euros.blogspot.com/

Passem por lá e apoiem... eles merecem! Eu com dois mil euros e uma lambreta, acho que não chegava nem a Marrocos!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

De volta... :-(

Cenário: Perfumes & Companhia

iFrancisca: Olá bom dia! Eu andava à procura de um after-shave da Carolina Herrera... Podia dizer-me onde está?
Funcionária 2 neurónios: Mas quer de homem ou de mulher?

AAAAHHHRRRRRR! Tirem-me daqui!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mission Beach & Cairns_ Austrália

Saídos das Whitsundays, desembarcámos em Arlie Beach, onde só tínhamos autocarro às duas da manhã para Mission. Habituados a que às 11 da noite já era muito tarde para quem às sete da manhã andava de mochilas costas, decidimos arranjar um sítio para dormir um bocado e guardar as mochilas. Encontrámos um Backpacker dentro daquilo que queríamos pagar por duas ou três horas de sono. Estávamos tão relaxados por encontrar um sítio para descansar por pouco dinheiro que, nem insistimos em conhecer o quarto! Mas devíamos… quando subimos o que encontrámos, era pior do que vocês podem imaginar! Um quarto que parecia uma cela de Alcatraz, sem janelas, nem ar condicionado, só uma ventoinha preguiçosa. Um tapete persa a disfarçar a falta de soalho, duas camas de ferro a desintegrarem-se e baratas castanhas a vaguear pelas paredes. Foi o ponto mais baixo da viagem… O Mabides roncava solenemente até que eu o acordei à uma da manhã toda transpirada a dizer que estava no banco da rua, à espera dele… já não aguentava mais aquela tortura! Ninguém merecia aquilo…
Fomos para a paragem da Greyhound, não havia ninguém nas ruas, só os bichos australianos, confesso que estava com miufa! O autocarro atrasou-se mas lá chegou… Neste autocarro aprendi como é que se dorme num autocarro a noite toda. Experimentem expulsar o vizinho do lado depois deitem-se todos estendidos com as pernocas no outro banco. Isso mesmo, a impedir a passagem a toda a gente. Não se preocupem, eles passam por cima de vocês se precisarem de ir à casinha! É uma noite santa!
Chegados a Mission, reparámos que o nosso “resort” ficava bem longe. Tínhamos duas opções; ir pela estrada acompanhados por 40º graus de temperatura, ou, então ir pela praia e passar por um canal com crocodilos de água salgada (os piores). Para ajudar à festa, um suíço indicou-nos que devíamos ir no sentido ao contrário. Eu não sei ler mapas mas vi logo que aquilo não era uma boa dica. Fomos teimosos, e metemo-nos estrada fora para evitar o canal. Passados 10 minutos de uma penosa caminhada, aparece o suíço a desfazer-se em desculpas e a oferecer-nos uma boleia para o nosso destino. Foi o melhor que nos podia ter acontecido naquele momento. A partir desse dia ficamos de abraço com o suíço e cada vez que o víamos fazíamos-lhe uma grande festa.
Em Mission não se passa grande coisa, mas por alguma razão aparece em todas as revistas de viagens… a praia é inacreditável! Não é uma praia de areia branca e palmeiras e água transparente mas, sim uma praia LINDA, selvagem, forte… a areia é dourada, o mar revolto e é contornada por uma vegetação que faz lembrar a selva. Impressionante!
De partida para Cairns e a Grande Barreira de Corais fomos avisados que estaria muito mau tempo por lá e que a visita à barreira seria praticamente impossível por razões climatéricas. Ficámos mais do que desiludidos, tínhamos feito milhares de quilómetros para chegar ali, para ver algo que tão cedo não estará novamente ao nosso alcance… morremos na praia… mas pior, é que com isso não marcámos nenhuma vista e no dia seguinte tínhamos um dia magnífico para snorkelling. Foi injusto!!! Foi mesmo… até hoje não me consigo resignar!
No dia seguinte, já com a prometida tempestade tropical voltámos para Sydney….