segunda-feira, 7 de abril de 2008

5 de Abril - Pesadelo em Paredes

Não faço deste blog um diário mas este dia merece ser contado...
00:00 - Jantar em casa do casal Chinchilas chocadas. Tudo fantástico, fomos recebidos como sempre, comidinha boa e bebida com fartura. Desta vez a fartura foi excessiva. A iFrancisca sentadinha a discursar e o membro masculino do casal sempre a encher-lhe o copo. A sede era tanta que nem notei que já tinha ultrapassado aquela ligeira vertigem provocado pelo álcool.
01:30 - Tenho de ir à casa de banho. Já vou a voar, sem perceber muito bem onde ponho os pés mas consigo manter-me uma senhora. Mesmo assim sou avisada de que o melhor era ir para casa porque me tenho de levantar às 7:30 do mesmo dia. Para casa? Não!! Ir para casa é para meninos pequeninos! Incrivelmente, aquela sede não passa...
02:30 - A conversa continua... e o tema era demasiado importante para ir para casa: Será o sexo o mais importante?
04:00 - Aos meus olhos já não estávamos ali 4 mas sim...eu, mais dois de cada deles, esforçava-me para focá-los mas era extraordinariamente difícil, no entanto, continuava o meu discurso e esforçava-me por disfarçar o estado alucinado em que estava...
05:00 - O Mabides dá-me um conselho derradeiro. "Vamos embora, amanhã trabalhas e já não vais dormir!" Que querido que ele é, não podia ter dito isto duma forma convincente mais cedo. Mesmo completamente alcoolizada consegui pensar que estava perdida...
05:30 - Entrei no carro, o Mabides exclama: "Não percebo como nesse estado continuas a ter um discurso coerente!" Cheguei a casa finalmente... Pus três despertadores para as dolorosas 7:30..
07:30 - Acordo ainda bêbada. Levanto-me e sinto as pernas todas a tremer, o sabor da último copo de vinho verde na boca... "Vou vomitar! Vou morrer! Que agonia!! Como é que eu vou para Paredes? Ai mãezinha!!" Mãe? Claro, como não pensei nisso antes, as mães têm sempre solução para tudo! Acordei-a, arrisquei contar-lhe que tinha acordado bêbada e que tinha de ir TRABALHAR! Não ouvi nem verídico nem missa cantada em gregoriano, apenas muita calma e compreensão, pensei que ela também não podia estar bem. Obrigada mãe pelas águas das Pedras e pelo Tagamet.
09:00 - Cheguei muito mal a Paredes... Aliás, nem sei como lá cheguei...
Depois de muito trabalho a tentar mostrar-me na minha plena capacidade, e, dois litros de água...
18:00 - Finalmente vou-me embora!! Acabou este dia de tortura, o que eu tive de fingir! Pela primeira vez no dia sinto-me animada. Corro ligeirinha para o carro... O carro? Onde é que está a merda do carro?
18:30 - Continuo, exausta a deambular por Paredes à procura do carro e nada!
18:45 - Ligo desesperada ao Mabides e partilho o meu desespero: "Perdi o carro!" Ouço o "Têm calma." da praxe que não resolve nada.
19:00 - Vejo uma carrinha... parece ser a minha.... confirmo a matrícula e à primeira vista parece-me familiar, confirmo... e sim! É a minha viatura!!
Volto finalmente para casa, já a pensar que o dia ainda vai no inicio, segue-se mais um jantar...
Chegada ao jantar, recuso e vinho branco e agarro-me a uma garrafa de Coca-Cola, é que no dia seguinte estou em Paredes novamente... e já não tenho idade para isto!